A má alimentação está diretamente relacionada com a dinâmica familiar e existem dois tipos de famílias:
- as que comem muito, que passam muito tempo à mesa, comem em grandes quantidades e a vida da família só está completa ou se sentem felizes quando comem muito, porque há muita "fartura";
- e as que comem "qualquer coisa", porque é rápido, é só despachar, e se é barato é bom.
Para além disto, muitas crianças não praticam exercício físico, e não confundamos praticar desporto com exercício físico. Sim, porque há muitas crianças que praticam desporto e são obesas. O que os pais esquecem, é que o exercício físico é praticado desde que acordamos até nos deitarmos, e hoje, as crianças não vão a pé para escola como nós íamos, não brincam na rua longas horas como nós brincávamos e passam consequentemente muitas horas em frente à televisão, ao tablet ou ao telemóvel, porque às vezes até é "conveniente" para os pais, porque não incomodam.
Em Portugal 30% das crianças entre os 7 e os 9 anos têm excesso de peso, e 11% dessas têm obesidade.
As complicações chegarão mais tarde, mas podem chegar mais cedo do que os pais pensam como a diabetes tipo 2, hipertensão arterial, colesterol aumentado, problemas ao nível dos ossos e articulações, problemas respiratórios, problemas ao nível emocional (baixa auto-estima, auto-imagem insatisfatória, isolamento social e sentimentos de depressão e rejeição) e doenças cardiovasculares.
Não nos deixemos enganar, quando uma criança é obesa, normalmente os pais também o são, e para que a criança emagreça ,a dinâmica familiar tem de mudar. Para que isso aconteça, os pais precisam de apoio que pode ser dado pelo médico de família e as escolas podem ter aqui um papel educacional não só centralizado na criança, mas também, e primordialmente na família.
Se precisar de ajuda pode consultar:
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